Por que desenvolver ação ambiental dentro da empresa?

As empresas são atualmente as grandes detentoras do poder de agir economicamente e do patrimônio de conhecimentos. Portanto, podem atuar direta e positivamente sobre a realidade, ajudando a desarmar a atual “bomba” ambiental local e global que, em última instância, é uma ameaça a elas próprias.

O Pacto Global (www.pactoglobal.org.br) traz 3 princípios a serem incorporados pelas empresas no que se refere ao meio ambiente: devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis.

Os aspectos ambientais vêm sendo cada vem mais incorporados nos debates das últimas décadas sobre a Corporate Social Responsability (CSR), gerando a Corporate Environmental Responsability (CER) em uma visão de avanço empresarial contrária ao modelo de negócios tradicional. Cada vez mais os tomadores de decisão procuram encontrar respostas para inserir aspectos ambientais em suas políticas internas.

Cada vez cresce mais a necessidade de empresas irem além das exigências legais para entrarem no mercado competitivo, gerando inclusive no mundo acadêmico cursos de graduação a doutorado na área de Corporate Environmental Management (CEM) (ex. https://www.jyu.fi/jsbe/en/cem)

Para uma empresa ser considerada um exemplo em sustentabilidade ambiental, é necessário apresentar medidas voltadas para três dimensões: ambiental, econômica e social. As vantagens para as empresas vão além da preservação do meio ambiente. Possuir ações sustentáveis pode resultar na melhoria da imagem no mercado.

As empresas que adotam ações de sustentabilidade são consideradas mais inovadoras e mais competitivas já que a inclusão dessas medidas no dia a dia revela uma empresa preocupada com o futuro do país, do meio ambiente e da economia. O tema é tão atual, que na HSM Expo 2016 houve especial destaque sobre a necessidade de aprofundar o conhecimento dos líderes empresariais sobre os desafiados do meio ambiente de ajudá-los a desenvolver soluções eficientes (palestra de Rebecca Henderson, diretora da Business & Environmental Iniciative na Harvard Business School). E ainda, há cada vez mais no Brasil Fóruns sobre sustentabilidade, inovações e boas práticas, encontrados facilmente em procura rápida pela internet.

A responsabilidade e participação empresarial nas questões ambientais também são exigências entre consumidores, investidores, líderes de opinião e mídia, não somente em relação ao mercado externo. O Instituto Ethos constatou que o consumidor brasileiro também se sente atingido por muitas atitudes da empresa. Entre os itens avaliados para medir o grau de responsabilidade de uma empresa, estão o meio ambiente interno e externo à empresa, como a relação com as comunidades locais.

As pressões exercidas pela sociedade civil sobre stakeholders, estabelecem os critérios a serem cumpridos para que as empresas não fiquem omissas diante dos problemas ambientais. O Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) revelou em estudo que quase metade das empresas brasileiras já adotam políticas específicas para o setor de sustentabilidade. Com a aceleração do processo de globalização, as exigências se tornaram planetárias. Os grupos de pressão passaram a agir globalmente observando em cada país não apenas as grandes companhias, mas também os parceiros locais.

Seja o primeiro a comentar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *